domingo, 26 de junho de 2011

O Último Suspiro

Em 2006, quando ocorreu a eleição para presidente da Federação de Basquetebol do Estado do Rio de Janeiro e o Presidente Pedro Arantes, ao lado do Valfredo Almeida, Diretor do Comary, resolveu concorrer a mais um mandato de 4 anos (nós mudamos o estatuto estendendo a nova gestão de 3 para 4 anos), eu o apoiei incondicionavelmente. As grandes estruturas da época nos apoiaram (Flamengo, que compareceu com a própria Patrícia Amorim, além do meu amigo Arnaldo Szpiro; Botafogo, através da Rosita que é uma das melhores dirigentes do nosso esporte; Fluminense, com o Renê se revelando um super amigo e formando ao lado do Mário Bittencourt a nossa retaguarda; Central, com o brilhante Rodrigo Kanbach; Liga Macaense, através do presidente José Domingues e seu diretor José Mário; Comary, através do Presidente Ruy e do próprio Valfredo), além de outras que foram mudando a partir das famosas promessas gregas.

Quando a chapa do Pedro Arantes venceu a eleição, mas a chapa do sr. Álvaro Almeida (diretor do Tijuca T.C.) e  sr. Fernando Lima (diretor do Vasco e acusado pela grande imprensa de ser laranja do Eurico Miranda) obteve uma daquelas liminares que deram direito a voto para entidades que não possuiam direito estatutário, formou-se um imbróglio.

Durante 6 meses fui obrigado a trabalhar numa federação acéfala, porque já havia acabado a gestão do Presidente Pedro Arantes e ele não quis continuar sem o referendo da Justiça. Numa sexta-feira, à noite, arrombaram a porta da FBERJ e tomaram de assalto a entidade. A nossa chapa não quis descer à esse nível. Decidi tomar outro rumo na minha vida profissional.

Eu era casado com a Renata Gama, macaense e filha do sr. Robson Gama, Presidente do Clube dos Empregados da Petrobrás.

A Liga Macaense de Basketball havia me apoiado na batalha eleitoral e se esforçou para que me mudasse para Macaé para dirigir as equipes locais.

Macaé estava inscrita num Campeonato Estadual Adulto, mas ninguém sabia se esse campeonato iria ocorrer, por falta de equipes. Apenas Flamengo, Macaé e Clube Municipal possuiam equipes próprias.

Na nossa estréia, a grande surpresa: A FBERJ autorizou parcerias piratas. Sem necessidade de qualquer transferência ou documento oficial, os atletas de outros estados poderiam vir reforçar as equipes cariocas sempre que quisessem.

O Fluminense fechou parceria com o Minat Tênis, recém campeão sul-americano, e que tinha o excelente armador argentino Sucatzki.

O Vasco, do Fernando Lima, fechou parceria com o Universo / Brasília, campeão brasileiro, acreditando que iria derrotar o Flamengo na final. Seus jogos foram disputados no Caio Martins, em Niterói.

O Automóvel Clube de Campos fechou parceria com o Cetaf (ES).

O Iguaçú B.C. fechou parceria com Uberlândia (MG).

A Liga Macaense estreiou contra o Fluminense F.C. / Minas Tênis, nas Laranjeiras lotada (havia até bateria, que a dupla Eduardo Augusto e Rafael Serour permitiu alegando que era uma festa, já que o Presidente Horcades estava ali fazendo sua campanha eleitoral) e fez um grande jogo.
Contando com a inspiração de Rafinha (não entendo os grandes clubes não desejarem esse craque), Cristiano Baierle, Gonzales, Marcelão, além de outros jovens, passamos grande parte do jogo à frente do placar, só sucumbindo quando não havia mais plantel para suportar a forte armada campeã sul-americana.

Na foto, recebo um forte abraço do meu amigo e grande técnico, Flávio Davis.

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